7 de julho de 2010

Qualquer saída.




E de repente, quando eu me dei conta, você já tinha sumido, e levado meu sorriso contigo. Eu não sabia mais o que fazer, dizer e sentir, já que a decisão foi minha e a raiva só me consumia. Os pensamentos se distanciavam de mim, de você, da minha sanidade, e quando voltavam, cada vez mais intensos, traziam as indesejadas que não se continham e escorriam pelo meu rosto, dos meus olhos frustrados de dor e medo. Uma dor diferente, a dor da dúvida e o medo, de não conseguir aceitar e não conseguir me recompor quando a caida for maior.
Existe um penhasco entre o bem e o mal, a dor e o prazer, o amor e o ódio, entre eu e você. E a ponte que liga os dois, pode ser fraca demais pra sustentar o sentimento que carrego, que de tão forte, me deixou corcunda quando tentou caminhar com minhas próprias pernas.
Um possível fim, ou um novo começo, odeio não saber, e de qualquer forma saber que qualquer opção pode doer.
Uma força maior e distinta pra fazer valer a pena, mas não consigo imaginar outra saída, menos dolorosa do que encarar e viver o que nos resta viver.
Se for tão verdadeiro pra você quanto é pra mim, só o tempo pode responder. A salvação não está mais em minhas mãos, só você pode decidir o que mais lhe convém. Só por favor não venha querer enxugar as lágrimas que deixar cair.