28 de setembro de 2010

O escape.




Hoje acordei esperando um dia diferente,

esperando sentir algo que me convencesse que o motivo da minha angústia

tivesse sumido,

algo que fizesse dos meus pensamentos,

motivos sem nexo pra algo fictício.

Hoje acordei querendo lembrar de alguem que me fizesse sentir

o músculo pulsante dentro de mim,

alguém que quisesse representar a mesma função que o ar,

alguém que não fosse você.

Acordei pensando no quanto eu queria acordar

e não lembrar do que me fez passar e do que eu gostaria que você fosse.

Lembrando do que você disse quando seus olhos se enchiam de veneno

querendo escorrer e testar se eu lhe deixaria possuir os meus.

Acabei acordando em outro lugar, um lugar cheio de arrependimento, e mágoas passadas,

onde em cada esquina, um desejo meu foi substituido pelas suas necessidades,

um lugar de onde, por deixar você, fugi.

10 de setembro de 2010

Cansativo.




E eu acho que já não preciso mais de suas palavras me dizendo onde ir a noite, ou dizendo o que pensa de mim sem se importar se machucaria ou não.

Já não preciso de suas críticas destrutivas me mostrando o quanto já errei e como 'sou estúpida' por ter errado, sem considerar se me arrependi ou aprendi.

Não preciso mais de suas mãos me colocando com cuidado no chão, insistindo que é ali meu lugar.

Não preciso de seus olhares de censura quando minha vontade de me expressar me consome, ou de seus suspiros fortes quando quero abrir um sorriso.

Já não preciso mas de seu toque confuso quando lhe mostro querer carinho, e você não.

Não preciso mais de seus sorrisos falsos e sem sentimentos quando digo que te amo.

Eu acho que já não preciso mais de você.