15 de dezembro de 2010

É mais fácil te querer de longe.




E lá estava eu, quieta por mais alguns instantes, implorando pra ficar mais alguns míseros minutos pra continuar a te observar seguir sua vida sem me notar, imaginando o que estaria fazendo se soubesse o quanto penso em você. E possíveis trilha sonoras pra momentos juntos que não passamos e talvez nunca passaremos. Enquanto decorava cada ângulo que seu rosto fazia, como seus cabelos se lustravam sob o sol, e como se moldavam diante do vento.
Ah, o vento... se pudesse trazer tanto você quanto essa brisa fresca, não teria nada mais a pedir.
Fico como uma tola inventando mil desculpas e estratégias pra chegar até você, mesmo que só na teoria, e sempre me perguntando se estou no caminho certo ou se é inútil tentar.
Eu consigo enxergar onde poderíamos estar hoje, o que poderíamos estar fazendo ao invés de desperdiçar o tempo estando longe assim. Mas não consigo imaginar o caminho da ida.
Difícil conciliar o querer afogar tudo de uma vez, dizer o necessário pra te fazer ver que o que eu quero é você, e o medo de jogar a chance fora por um erro bobo, ou por ser muito, ou muito cedo.
Se o coração pudesse parar sem ser "fatal", eu diria que ele para sempre que o vê olhando de volta.
Eu posso ser inteiramente, profundamente aquela garota que vai te fazer querer mais do que a vida pode oferecer, que pode te fazer voar sem precisar de asas, que vai te fazer sorrir sem precisar contar nenhuma piada, te fazer sentir borboletas no estômago sem precisar comê-las, e fazer querer acordar para ver o sol nascer sem mesmo ter ido dormir.
Posso ser tanto que, pra começar a ser algo, preciso te ter primeiro... E como farei isso está definitivamente me matando. E mais uma vez, você não faz ideia.

7 de dezembro de 2010

Dois mil e dez.




Nesses ano eu tenho experienciado muito o que é ficar de lado, o que é ter sua própria consciencia.
E refleti bastante sobre a atitude de pessoas próximas a mim, aprendi com o erro e acerto de cada um.
Pensei bastante no que eu realmente valorizava, revi meus próprios princípios e agradeci por tê-los. Senti falta da ingênuidade que tinha aos 7 anos, mas só por um breve momento de fraqueza. Agora fico feliz por ter a mentalidade que tenho.
Pensei nas minhas falhas, o que devo melhorar, o que me trouxe de bom. Pensei muito nas minhas conquistas e me alegrou ver que algumas foram frutos de algumas falhas.
Gostei de me ver livre do que me puxava pra baixo.
Gostei de me encontrar no meio de uma onda de experiências que me coloca em um nível de maturidade maior.
Pessoas que entraram na minha vida esse ano, pessoas que entraram faz tempo mas só se destacaram agora, e pessoas que eu gostaria que tivessem entrado.
Sonhos que estou realizando, que realizei e que almejo realizar um dia.
Decepções com pessoas que nunca pensei que seria possível me decepcionar. Brigas desnecessárias e palavras que nunca foram ditas.
Um ano que, assim como todos os outros, foi cheio de expectativas, alegrias e tristezas. Laços formados e rompidos.
No fim, só eu posso dizer o quanto mudei e o quanto permaneci a mesma. O quanto fingi ser alguém e o quanto fui eu mesma.
Mais um ano que se passa, mais uma missão cumprida.
E agora, no começo do fim de 2010, se olhar pra trás posso dizer "UFA!". Melhor que 2009 e pior que 2011, posso garantir.
E que venha o tal próspero Ano Novo, com mais promessas a fazer e nunca cumprir.
Rs