15 de dezembro de 2010

É mais fácil te querer de longe.




E lá estava eu, quieta por mais alguns instantes, implorando pra ficar mais alguns míseros minutos pra continuar a te observar seguir sua vida sem me notar, imaginando o que estaria fazendo se soubesse o quanto penso em você. E possíveis trilha sonoras pra momentos juntos que não passamos e talvez nunca passaremos. Enquanto decorava cada ângulo que seu rosto fazia, como seus cabelos se lustravam sob o sol, e como se moldavam diante do vento.
Ah, o vento... se pudesse trazer tanto você quanto essa brisa fresca, não teria nada mais a pedir.
Fico como uma tola inventando mil desculpas e estratégias pra chegar até você, mesmo que só na teoria, e sempre me perguntando se estou no caminho certo ou se é inútil tentar.
Eu consigo enxergar onde poderíamos estar hoje, o que poderíamos estar fazendo ao invés de desperdiçar o tempo estando longe assim. Mas não consigo imaginar o caminho da ida.
Difícil conciliar o querer afogar tudo de uma vez, dizer o necessário pra te fazer ver que o que eu quero é você, e o medo de jogar a chance fora por um erro bobo, ou por ser muito, ou muito cedo.
Se o coração pudesse parar sem ser "fatal", eu diria que ele para sempre que o vê olhando de volta.
Eu posso ser inteiramente, profundamente aquela garota que vai te fazer querer mais do que a vida pode oferecer, que pode te fazer voar sem precisar de asas, que vai te fazer sorrir sem precisar contar nenhuma piada, te fazer sentir borboletas no estômago sem precisar comê-las, e fazer querer acordar para ver o sol nascer sem mesmo ter ido dormir.
Posso ser tanto que, pra começar a ser algo, preciso te ter primeiro... E como farei isso está definitivamente me matando. E mais uma vez, você não faz ideia.

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